Flávio
O meu amigo Flávio, assim que começa o período de férias, corre para a quinta do avô e então é vê-lo saltar felicíssimo entre aventuras, desde a condução do gigantesco tractor, a pescarias na represa, acompanhadas por um ou outro mergulho “acidental”, até ao pastoreio do rebanho feito com mestria do cimo da sua bicicleta.
Há contudo um senão – a escola. Que maçada, com tanto para experimentar lá fora.
Desesperado, o pai do Flávio perguntou-me se o podia ajudar a superar os maus resultados obtidos na disciplina de Inglês. Combinámos então que ele apareceria em minha casa, durante as férias e com um estudo diário e não muito sobrecarregado poderia assim iniciar o terceiro período com algumas dificuldades colmatadas.
O Flávio apareceu hoje, montado na sua bicicleta.
” Então, quando queres começar? Hoje, pode ser?”
” Precisa da minha ajuda? Vim cá só para lhe dizer que se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui na casa do meu avô.”
E partiu sorridente, acenando e acelerando a sua bike.
…
Conhecemo-nos numa cave maldita
Quando éramos jovens
Mal vestidos os dois fumando à espera da aurora
Apaixonados pelas mesmas palavras cujo sentido era preciso mudar
Equivocados pobres crianças desconhecendo o que era rir
A mesa e os dois copos transformaram-se num moribundo que nos
lançava o último olhar de Orfeu
Os copos caíram e quebraram-se
Foi então que aprendemos a rir
Partimos depois peregrinos da perdição
Através das ruas através do país através da razão
Guillaume Apollinaire
22 de Março
Eu não quero ter poder, mas apenas liberdade de falar aos do poder do que entenda ser verdade.
Agostinho da Silva
Esta noite em Samarcanda
Curiosa esta história, mas eu sigo a linha do princípio das possibilidades alternativas.
Na praça de uma cidade, um cavaleiro vê a morte fazer-lhe um sinal e aterrorizado, vai ter com o rei, pedindo-lhe emprestado o mais veloz dos seus cavalos, para que possa fugir para bem longe, até Samarcanda. O rei convoca a morte ao palácio para lhe perguntar porque assustou o seu cavaleiro. E a morte, surpresa, responde-lhe: “Não lhe quis meter medo, mas espantou-me vê-lo aqui, sabendo que esta noite temos encontro marcado em Samarcanda”.
Marta Onofre
Gosto muito do David Fonseca, mas este videoclip é particularmente especial. A minha sobrinha Marta é protagonista. Parabéns linda, estás ao nível do autor da música. Corrijo, voas muito mais alto.
P.S – Quando cá vieres, podes trazer o David.
Primavera
Foi acrescentado mais um quadro à obra de Vincent Van Gogh: “Natureza morta com flores do prado e rosas”, é uma pintura em óleo que foi feita por cima de uma outra, da autoria do artista, que representava dois homens praticando luta livre.
Van Gogh terá pintado inicialmente os dois homens praticando luta livre em 1886 durante a sua passagem pela Escola de Belas Artes de Antuérpia. Porém, chegado a Paris, decidiu pintar a natureza morta por cima desse tema. Fê-lo directamente, sem cobrir com tinta branca o tema anterior.
in Público
Quiet and cold
A warm hug for those whose days are too quiet and cold.
Filomeno, para meu pesar
Não levei muito tempo a concluir que nada havia mais enfadonhamente sério do que a economia, nada mais racional e rigoroso. Às vezes aparecia-me como uma cadeia interminável de números, e outras como a forma quase geométrica de uma rede que abarcasse o mundo inteiro, talvez que o oprimisse, se bem que não com a mesma força em todos os lugares. Naquele mundo, a única realidade era o dinheiro, que se movia, crescia ou minguava segundo as suas próprias leis, sem que nada humano interviesse neste ir e vir, crescer e decrescer. Uma vez em que disse ao meu economista que o desemprego era um factor humano, ele respondeu-me que, naquele mundo, o desemprego não existia senão sob a forma de subsídio, isto é, não fome e dor, mas sim mais números no cálculo geral. (…)
Por baixo dos governos, ou por cima, mas sempre com independência, o mundo era conduzido por umas quantas pessoas, na City ou em Wall Street.
Gonzalo T. Ballester
Por favor não me deixes
Por favor não me deixes o
tubo da pasta dos dentes premido
do lado da ponta.
João Luís Barreto Guimarães
If…
Obrigada, Cláudia. Gostei…muito.
So for those of you falling in love keep it kind
Keep it good
Keep it right
Throw yourself in the midst of danger but keep one eye open at night
Baby says I can’t come with him
And I had read all of this in his eyes
Long before he even said so
Why go, I asked
You know and I know why
And it’ll be just as quiet when I leave
As it was when I first got here
I don’t expect anything
I don’t expect anything